Gustavo Castelo Branco
agosto 16, 2022 InspirationsMatéria 0 Comment


O que será do futuro do dinheiro?

Uma das coisas que mais tem sido falada sobre o mercado financeiro nos dias de hoje é como a tecnologia vem evoluindo nos últimos anos e como empresas, como as fintechs, trabalham para que o futuro seja cada vez mais descomplicado e acessível digitalmente. Além disso, há questões como “o que será do futuro do dinheiro” que também vêm à tona.

Questionamentos como “o papel moeda ainda será usado?” são naturais em uma época em que novas tecnologias financeiras chegam a cada momento e se tornam populares. Isso pode ser interpretado como um bom sinal de processo evolutivo, com a ideia de um futuro menos burocrático e mais digital, mesmo que em alguns casos possam ser passíveis de resistência pelo público mais tradicional.

 

A evolução do dinheiro 

A humanidade sempre usou de métodos diversos para fazer trocas de produtos por outros. A circulação de moedas como conhecemos hoje se iniciou por volta do século VII A.C. e, mais tarde, a necessidade de se ter um local seguro para o armazenamento delas aumentou, fazendo com que os bancos fossem criados.

As instituições financeiras começaram a surgir pouco depois desse momento, tornando os bancos locais que não apenas são seguros para armazenar o dinheiro, mas que também oferecem oportunidades de investimento e rendimento.

Acompanhar essas mudanças e todas as evoluções que o setor financeiro já passou e está passando é algo que nem sempre fica tão claro e tão simples de se entender.

Hoje, vivemos em busca crescente de tecnologias que sejam moldadas nas necessidades dos consumidores e que chegam para supri-las de maneira eficiente e moderna.

Por um lado, temos a inclusão digital que nem sempre é executada de forma com que todas as pessoas consigam acompanhar todas essas mudanças e se sintam seguras ao aderir qualquer tipo de novidade tecnológica financeira.

 

Movimento cashless

Pensando em um cenário hipotético de um estabelecimento em que não há uma máquina de cartões, não se aceita Pix, nem nenhum tipo de pagamento digital, como a maior parte dos consumidores se comportaria? Algumas pessoas ainda carregam dinheiro físico, mas muita gente não anda mais com cédulas e moedas consigo e isso é uma realidade de quem está inserido nos meios de pagamento digitais.

O movimento cashless (que pode ser traduzido por “ausência de dinheiro vivo”) existe e alguns países ao redor do mundo estão caminhando para uma sociedade realmente isenta de dinheiro vivo, como, por exemplo, a Noruega que, hoje, é um dos países que menos circula dinheiro. Segundo o Banco Central Norueguês, o país registrou que apenas 4% dos pagamentos foram em dinheiro em 2020.

O Brasil é um país que caminha muito bem para o futuro cashless, especialmente após a implementação do Pix – que, como falamos algumas vezes aqui, é criação do nosso Banco Central e você pode ler mais sobre essa ferramenta nesta matéria .

Esse meio de pagamento instantâneo foi um grande passo para o avanço tecnológico aqui e uma inovação que outros países ainda não possuem. Porém, vamos muito além disso, há algum tempo, temos cartões, aplicativos de pagamentos e carteiras digitais. Com isso, é comum que a maior parte do comércio brasileiro aceite uma variedade grande de opções de pagamento.

O Pix, assim como as criptomoedas e os pagamentos digitais, é fruto do que é chamado de tokenização.

Originando-se do token – que é uma chave eletrônica, segura e transparente, muito difícil de sofrer uma ruptura, a tokenização é a transformação de um ativo real em um ativo digital por meio de criptografia e é o resultado do amadurecimento da digitalização dos meios de pagamento

Ou seja, é tecnologia que possibilita a troca descentralizada de informações, o que garante aos participantes da rede uma veracidade dos termos e das condições de uma transação.

Graças a esse tipo de tecnologia, hoje, é possível fazer pagamentos com a aproximação de um smartphone ou de um cartão. Você pode ler mais sobre esses métodos de pagamento aqui.

Essa digitalização representa uma grande mudança no cenário financeiro geral e, apesar de ainda existirem dúvidas e inseguranças com relação a isso, por outro lado, ela pode ser o início de uma era mais simples.

 

Será o fim do dinheiro físico?

Muitas pessoas já estão bastante inseridas nas tendências para o futuro e acreditam que o dinheiro físico terá, sim, um fim. Porém, segundo o autor Brett Scott  (no livro “The Heretic’s Guide to Global Finance: Hacking the Future of Money”), os criptoativos não desafiam fundamentalmente o sistema monetário, uma vez que eles dependem desse sistema para lhes dar preço.

 

Pensar no futuro do dinheiro físico e o futuro do dinheiro digital é um desafio e faz com que debates emerjam a todo momento e opiniões sejam discutidas, isso, claro, é importante para que haja uma disseminação de informações para que as pessoas entendam o movimento que está acontecendo e esse tipo de evolução comece a se tornar cada vez mais natural.